segunda-feira, 2 de maio de 2011

Com o passar do tempo

As vezes eu me pego pensando no futuro, mas não em uma coisa distante, em dois, três dias, ou ouso até uma semana. Desde cedo aprendi a não fazer planos, a não contar com ajuda, a não esperar ombros amigos. Aprendi que a única coisa que se pode esperar em uma relação é a decepção.

Tenho amigos que afirmam que eu não acredito no amor. Se em algum momento disse isso, foi uma infelicidade, pois agora eu percebo que sempre acreditei no amor. Até descobrir que ele é o produto de uma mente cheia de desejos e falsas esperanças. Porque no fundo não importa se ele é bom ou ruim, alguém sempre vai sair machucado, e esse alguém constantemente sou eu.

É engraçado pensar que a maior parte de nossas mágoas parte das pessoas que mais amamos, cinismo meu seria dizer que eu nunca decepcionei alguém que me ame também. Se não o fiz, com certeza o farei em breve. Porque a vida é assim, cheia de provas e provocações. Não para separar o joio do trigo, mas para ensinar que tudo se conquista com uma boa dose de solidão e egoísmo.

Sempre quando meu aniversário chega eu coloco na balança o que fiz em um ano da minha vida. Em 2011 o saldo não poderia ser mais negativo. Irritada e estressada com muita coisa eu as vezes só preciso de um apoio que não vem de nenhum lado.

Mas isso é outra história.

O que eu aprendi com o passar do tempo é que nem sempre sigo o que falo, mas sempre faço isso com uma vontade enorme de quebrar minha cara e mostrar que diferente do que pensam eu não sou feita de lata.

"Porque o verddeiro inferno nada mais é do que uma vida que não deu certo."