segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

E aquele amor que não chega




Acho que está quente lá fora, eu não tenho absoluta certeza do tempo. Estou trancada dentro de mim, me perguntando se já passou tempo demais, se já posso sair. Mas quando abro os olhos a dor continua ali, e vem cada vez mais forte, me tirando o ar, a sanidade, o silêncio, porque a essa altura estar sozinha só significa estar sozinha mesmo, é saber que seu coração não foi capaz de alcançar ninguém. Eu estou à deriva.
Olhar par trás é ver que eu jamais fui a mais importante. E que mesmo que algumas vezes eu tenha pensado que sim, eu sou apenas invisível, sou a garota forte sentada em frente a tv que suporta tudo, aquela que não cai nunca.
Mas eu caio, estou em constante queda, pronta para me segurar ao primeiro galho retorcido que encontrar, para dias ou meses depois, descobrir que aquilo é apenas o que parece ser, uma fuga. E então eu continuo a cair, e cairei sempre enquanto não existir amor suficiente apenas pra mim.
E procurar o amor é doloroso, é como se constantemente eu enfiasse um bisturi em mim e abrisse meu peito deixando ele sangrar, esperando pelo socorro.
E eu não quero gritar, mas estou ali, berrando por atenção, desesperada que por um segundo você seja só minha, e que eu seja sua filha.
Mas não ouse deixar que escutem seu choro, você é forte demais. 
Lembre-se disso!