domingo, 28 de junho de 2009

Um pouco mais de sal...


talvez um pouco de pimenta também..na verdade o melhor mesmo seria um belo óleo de peroba...

Pois bem, falo agora como uma futura jornalista, e não como a moça que escreve neste blog, falo com a minha liberdade de expressão mode on, e falo acima de tudo como uma das muitas pessoas que estão indignadas com a votação realizada na semana retrasada pelo Supremo Tribunal Federal.
Claro que não tive tempo de escrever este post antes porque estava em prova, e ao contrário dos ministros que acreditam que uma profissão pode ser jogada no lixo ou no ralo, eu acredito que um país melhor se faz com pessoas melhores, mas enfim...
Por oito votos contra um, o Supremo decidiu que a profissão de jornalista é um dom e que dons não devem ser lapidados, ou seria orientados?, acreditam que um jornalista é um cozinheiro das notícias, e que nós podemos inventar novas receitas e sair por aí degustando nossos pratos.
Que tal essa grande ideia? que tal uma receita nova? que tal uma revolução alimentícia. Vamos rabanetes, se unam e tirem de linha as bananas flambadas.
Pois bem o que tenho a dizer, é que o jornalismo sempre sofreu uma serie de restrições e o diploma cai e volta, e cai mais uma vez.
O problema portanto não foi a massiva votação (que eu também achei um absurdo) mas as declarações infelizes dadas por Gilmar Mendez : 

"Quando uma noticia não é verídica ela não será evitada pela exigência de que os jornalistas frequentem um curso de formação. É diferente de um motorista que coloca em risco a coletividade. A profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade tais como medicina, engenharia, advocacia nesse sentido por não implicar tais riscos não poderia exigir umdiploma para exercer a profissão. Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão".

 E a mais celebre e mais inteligente declaração:
 “Tais cursos são extremamente importantes para o preparo técnico e ético de profissionais que atuarão no ramo, assim como o são os cursos superiores de comunicação em geral, de culinária, marketing, desenho industrial, moda e costura, educação física, dentre outros vários, que não são requisitos indispensáveis para o regular exercício das profissões ligadas a essas áreas”

Então concluo que devemos todos sem reserva buscarmos pelo nosso dom, pela nossa aptidão e mostrar a esses ministros do STF, que jornalismo é profissão séria e merece respeito.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Disparada


Outro dia me sentei esperando uma solução, mas duas me foram apresentadas. E como sempre as agarrei com uma força um tanto excessiva.
Vislumbrei talvez que aquilo pudesse ser a realidade pela qual ansiava, a luz no fim do túnel, a corda que eu precisava para levantar.
Mas eu novamente me enganei, e demorei-como sempre- para perceber tudo aquilo.
Era como se nossas sintonias fossem iguais, e nossos papos nunca acabavam...
Mas tudo se foi, e eu voltei a ficar sozinha, ansiosa, assustada, receosa, e eu voltei a desacreditar no que fazia.
Foi aqui que tudo voltou, mas na verdade nada havia voltado, porque nada tinha ido....na verdade só eu acreditei naquilo.
E então veio a primeira mentira descoberta, a primeira deslealdade, e eu percebi que me empenhei demais-mais uma vez- mas que nem todos se preocupavam como eu...ou comigo
E eu percebi que por mais que uma tempestade seja forte, por mais que você caia sempre que tentar levantar...um dia você volta a ser o que sempre foi...e descobre que tudo aquilo era um sonho...Que nunca vai se tornar realidade.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

No vai e vem do subterrâneo


Linhas e mais linhas. Tráfego intenso, agitação rotineira, um vem e vai sem fim.
Ali embaixo o obscuro fica claro, e o volúvel se torna uma massa a mais a caber no vagão
No canto de uma estação um casal se beijava, estranho talvez, mas nada incapaz de lhes fazer parar. Suas mãos envolviam o pescoço de quem ela parecia amar, as dele entrelaçavam-se nas costas de quem um dia, jurou amor eterno.
Segundos se passaram, mas nada os fazia deixar de viver aquele momento.
Os deixei para seguir em frente, na próxima parada mais duas vidas se uniam, no que dizem ser: a porta da alma.
Tudo se repetiu na seqüência, e o lugar vazio ao meu lado, se tornava um peso a carregar.
Cruelmente todas as estações terminaram e não pude lhe encontrar em nenhuma delas.
Terei eu tomado o sentido errado?