quarta-feira, 3 de junho de 2009

No vai e vem do subterrâneo


Linhas e mais linhas. Tráfego intenso, agitação rotineira, um vem e vai sem fim.
Ali embaixo o obscuro fica claro, e o volúvel se torna uma massa a mais a caber no vagão
No canto de uma estação um casal se beijava, estranho talvez, mas nada incapaz de lhes fazer parar. Suas mãos envolviam o pescoço de quem ela parecia amar, as dele entrelaçavam-se nas costas de quem um dia, jurou amor eterno.
Segundos se passaram, mas nada os fazia deixar de viver aquele momento.
Os deixei para seguir em frente, na próxima parada mais duas vidas se uniam, no que dizem ser: a porta da alma.
Tudo se repetiu na seqüência, e o lugar vazio ao meu lado, se tornava um peso a carregar.
Cruelmente todas as estações terminaram e não pude lhe encontrar em nenhuma delas.
Terei eu tomado o sentido errado?

 

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