segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Palavras são só palavras

Mesmo que a poesia o persiga e você teime em se julgar o que não é, sinto quando olho em seus olhos e vejo aquele vazio que despreza meu olhar.
Sinto todos os dias que mais uma vez um sonho se esvaiu de minhas mãos, e que não em vão, suas palavras eram mentirosas.
Você perdeu o senso e começou a agir como um adolescente inconsequente, suas obrigações passaram a ser meros contratempos para que você alcançasse quem almeja.
Seu toque em seus cabelos, me cegavam de ódio, e meu esforço e desempenho começaram a ser ofuscados por uma paixonite irreal.
O sonhar se tornou o seu viver e sempre que alguém tentava lhe acordar, você esbravejava bronqueado o interrupto.
Mas palavras são só palavras... e o que você e eu dizemos ou no caso escrevemos só me faz pensar que as mentiras, brotam como poesia e morrem como amores impossíveis como Capitus e Bentinhos, como Romeus e Julietas tortos e desajeitados.
Amores burros e desinteressados que enxergam em outrem o que deveríamos enxergar em nós mesmos.
Amores que se tornam subjetivos pelo medo da rejeição, amores que se enganam todas as manhãs ao andarem em mãos distintas.
Amores que talvez sejam na lembrança sempre amores... mas que jamais serão verdadeiros amores.
Enquanto eu tento lhe esquecer, eu torço para que você seja feliz com ela ou que a sabedoria também o faça esquecer seu amor platônico.
                                                                                                                                                       26/07/08

Um comentário:

Dri disse...

Ai ai..amores...
quanto mais platônicos, quanto mais difíceis e improváveis, mais fundo se alojam na memória, e infelizmente, mais fundo se escondem no coração.