terça-feira, 11 de agosto de 2009

Se um dia eu acordar


Eu estava naquele lugar com um propósito e meus olhos fervilhavam ansiosos e excitados por aquelas páginas. Minhas mãos tremiam em sua imobilidade, e meu coração dava piruetas dentro do meu peito, fazendo com que sua dança frenética trouxesse uma dificuldade terrível em respirar.Como se o ar fosse chumbo líquido e eu tentasse força-lo a descer narina abaixo.

Ao mesmo tempo em que me vi atingida por este frenesi, fui tomada pelo medo. Sombrio ele congelou minha nuca e dançou lentamente coluna abaixo. Foi ai que senti minhas mãos voltarem a vida, mas só porque vi o sangue escorrer da palma de uma delas, me fazendo perceber que na verdade estava dominada pela raiva.

Inalei, insegura de minha capacidade respiratória, a maior quantidade que pude de ar,mas fui golpeada por uma ardência, que me fez sentir vontade de me virar e arrancar a cabeça de alguém.

Me lembrando rápido demais do que me fez esquecer dele, percebi que não tinha mais nada que me motivava naquele lugar, e ao correr para a porta vi que na verdade nunca conseguiria sair daquele sonho, que aos poucos se tornava um pesadelo.

Nenhum comentário: