sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Descobri

Quando descobri que me apaixonei por você, me lembro de ter negado todo aquele sentimento. Tentei arrancar com os dedos o seu rosto de minha mente, o seu cheiro de meus cabelos, a vontade de você do meu corpo.

Tentei fugir da minha dor, da minha cidade, da minha vida. Neguei até o fim que te amava, neguei até o fim que sua falta me fazia chorar, neguei até o fim que precisava de você, mas bastou seu olhar faceiro, suas mãos firmes, seu abraço reconfortante para que eu pensasse em me entregar.

Pensei em te deixar entrar em minha vida, em te contar meus segredos, meus medos, meus sonhos. Pensei em te mostrar o caminho do meu coração e te dar passe livre no meu cotidiano, pensei em você mais do que pensei em qualquer pessoa.

Sorri, fiquei boba, eufórica, amoleci e deixei meu medo de lado. Eu estava entregue, estava preparada para amar. Mas você não. Me deixou confusa, tomou iniciativa e recuou. Fez com que eu me sentisse amada, desejada, mas no fim me deixou sozinha e perdida em mim mesma.

Foi amando você que descobri que o amor machuca, que fere, que dói, mas que alegra, que sorri, que acalenta, que apenas se entrega por completo. Foi amando você que descobri que amor e ódio coexistem e te despedaçam aos poucos, de dentro pra fora.

Um comentário:

Luciana disse...

Só falo uma coisa: Até que a crise sentimental rendeu um belo texto, heim?!

Mto bom, Pâm!!!