sábado, 8 de novembro de 2008

Só mais uma dose.


Qual seria a fórmula do amor?
Quais as doses corretas desta poção mágica?
Qual Alquimista alucinado, criou este veneno intrigante ?
Nada cega mais os olhos do que uma boa dose de tudo o que tanto evitei, nada trouxe mais arrependimento do que me deixar alucinar por algo incontrolável.
Nada foi capaz de me fazer parar, ninguém me puxou do abismo pelo qual me joguei. Com um tiro no escuro eu acertei meu próprio pé. Nada pareceu mais ingrato que aquele caso não correspondido. Cada gesto estúpido, cada palavra atravessada, cada mau humor ignorado.
Nada me incomodou mais do que sentir aquele perfume em todos os lugares, nada foi capaz de tirar da minha mente sua fisionomia angelical, nada me deixou mais apavorada como no dia em que vi, ele esquecendo meu nome.
Tudo pareceu insano, eu estava em pânico, e tentava me livrar das correntes que pesavam sobre meus punhos.
Socos e pontapés, tudo era em vão, aquela febre alucinógena já fazia quarentena, e os picos convulsivos atormentavam minhas noites, já mal dormidas.
Eu buscava entre todos os mágicos e bem feitores, um antídoto que pudesse me curar.
Eu havia pedido por engano, uma dose excessiva da droga do amor.

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