sábado, 2 de agosto de 2008

A Deadly Joker





Confesso que depois de assitir ao novo filme do Batman:O cavaleiro das Trevas saí um tanto quanto frustrada do cinema, mal sabia eu que aquela minha frustração não passava de um dos muitos sentimentos embutidos no filme, que desta vez está carregado por um lado sombrio e descontrolado da magnífica atuação de Heath Ledger como Coringa (A piada mortal-perfeita) vale lembrar que Jack Nicholson foi um excelente Coringa só que de HQ's, porém Ledger conseguiu elevar o personagem a um Alex DeLarge (Laranja Mecânica).
Não foi a maquiagem que atribuiu a personagem um ar louco e maquiavélico (Batman O cavaleiro das trevas deveria ter recebido outro título, que tal, Coringa e a moral abalada) ele conseguiu ser o homem por trás da maquiagem, o que de pior um palhaço pode despertar em uma pessoa (convenhamos que a maquiagem de um palhaço é pra lá de assustadora).
O filme é psicologicamente estressante e talvez por isso tenha me sentido tão mal após assisti-lo.Durante o filme você é capaz de viajar por lugares medonhos de sua mentes que nos confundem quando rimos junto com Ledger das maldades de sua personagem.
Bem na verdade se você ler a primeira coisa que escrevi sobre este filme ou falar com minha amiga Maki sobre o que eu achei do filme, vai pensar que eu sou uma pessoa pra lá de estranha,mas acredite tive que amadurecer minhas idéias para perceber a essência do filme.
Como todos estão dizendo Christopher Nolan conseguiu elevar a franquia Batman além dos HQ's, deu ao Batman sua fase mais humana cheia de esperanças em ser apenas mais um cidadão, ou em não ser o herói que Gotham precisa mas o único que tem.Batman se torna portanto o homem dentro da armadura,um ser humano como eu e você.
O filme é tão intenso que as vezes você se sente um dos alucinados infratores que acompanham o Coringa durante as 3 horas de filme .É impressionante a capacidade que ele tem de "mapear" o cérebro humano e é somente com essa arma que joga e mais joga por pura diversão.
O cavaleiro branco, justiceiro da lei e uma das grandes esperanças de um herói que ansiava se aposentar, cai diante do sentimento mais humano de um verdadeiro Macunaíma, o ódio e o desejo de vingança foram capazes de transformar em um único ato o mocinho em vilão e o vilão em mocinho.Vale lembrar que uma das mancadas do filme se deu também nesta personagem, que por ter o rosto queimado daquela maneira,não teria se recuperado tão rapidamente,uma maquiagem pra lá de exposição do corpo humano,faltou à ele a dor a loucura me atreveria a dizer que faltou um pouco do que sobrou em Ledger.
Recheado de cenas brilhantes, como sua fantasia de enfermeira o Coringa se mostrou mais humano que os últimos vilões das super produções norte-americanas. Cena memorável fica por conta da conversa entre vilão e mocinho, onde o vilão espera que os humanos sejam capazes de matarem uns aos outros. Nada mais normal que isso. Quem nunca desacreditou na humanidade e esperou, ou espera que com tantas bombas e programas nucleares em um futuro não tão distante tenhamos que escolher entre uma barca e outra.E quem não chegou a pensar que realmente alguém de uns dos barcos apertaria o bendito botão, e acredite ou não, meu voto não iria para os criminosos, dali eles eram os que tinham menos a perder.
Se por um lado você vê Bruce preocupado com a imagem que esta passando a sociedade,como pessoas se fantasiando de Batman, vê também um humano normal preocupado com uma Gotham perturbada e cada vez mais desconsertante.
Para terminar vou falar da campanha de marketing do filme,nunca vi um vilão aparecer em todos os cartazes do filme e isso me intrigou antes mesmo de começar a sessão, mas após os créditos é impossível não pensar
UAU! que pena que este cara morreu, seja ou não pelo perturbação que sua personagem pode ter lhe causado Ledger será sempre o estupendo Coringa.

2 comentários:

Marcela De Mingo disse...

Bom, a minha opinião sobre esse filme você já sabe né? simplesmente fantástico. O coringa que heath ledger criou é simplesmente sensacional e tão humano que em partes chega a assustar. E durante o filme mesmo você pára para pensar na própria essencia do ser humano, em como ele pode ser cruel em certos momentos e, em outros, ser tão compreensível e bom. Enfim, uma obra de aarte, mas na minha opinião claro!

Marcela Bonazzi disse...

Bom, minha opinião você também já sabe, tenho um pendito post sobre isso, simplesmente demais! (sei que não é máscara, é batman)

Adorei muito tudo o que exploraram nesse filme... Não sei se dava pra explorar melhor a parte da dor do duas caras, se não o filme ia ter que cinco horas, ou uma continuação, o que ia ser difícil considerando que o Heath morreu. Sei lá, aquela maquiagem me deu um medo do caram, toda vez que ele virava a cara eu fazia careta. Acho que o foco naquele momento não era para ser ele mesmo, por mais que tivesse sido necessário.

Enfim, uma obra de aarte, mas na minha opinião (também) claro! [2]